segunda-feira, 14 de novembro de 2011

EDDYLENE NA ILHA DE CARAS PARTE 18


Na sala de interrogatório nada convencional estava Bila toda preta de fumaça , o traficante drogadissimo  achando tudo muito divertido, quatro policiais e eu espiando tudo da janela. Bila levou três tapas na cara  sob o questionamento de quem mandou atear fogo no paiol. Sem nem saber o que era paiol, Bila absteve-se a não responder  quaisquer que fossem as perguntas já que viu isso num episódio de lei e Ordem, o único que assistiu, sorte dela.


Bila e o traficante cafetão foram encaminhados para a delegacia de Mangaratiba e durante um dia inteiro não tivemos notícias dela.Eu que não ia procurar saber ou questionar qualquer coisa que fosse, a barra já estava bastante pesada pro meu lado e eu que não iria acabar com tudo e arriscar ser escorraçada da ilha e ainda ter que pagar pra algum pescador ir me levar do outro lado de canoa.


A gincana foi temporariamente cancelada, o que me deixou louca de ódio porque eu não havia ainda desistido de possuir aqueles bens materiais, por outro lado seria um dia inteiro somente de lazer onde eu poderia tomar bastante cachaça e fornicar com desconhecidos. ERRADA!!! Hebe  desgraçada Camargo anunciou no auto falante da musica ambiente da ilha.  _ Hoje teremos uma mobilização entre famosos. Ajudaremos a limpar a sujeira que fizeram em nosso paraíso, limparemos tudo em mutirão. Cataremos galhos secos, detritos, animais mortos, crianças carbonizadas (ahn? ) e tudo mais que tiver enfeando nosso paraíso natural. 


Confesso que fiquei meio apavorada com a historia de crianças carbonizadas e se fosse eu que as encontrasse enterraria rápido sem ninguém saber  porque ai o babado já seguiria um outro rumo pra Bila que é o de homicídio culposo e isso já era demais porque ia respingar também em mim. Como se já não bastasse todo mundo saber que eu fui homem um dia, ainda pegar fama de assassina de crianças a fogo, certamente ligariam a morte do índio  mendigo a minha pessoa e com isso eu realmente não saberia lidar.


Enfim, topei fazer a gari na Ilha, seria por uma boa causa e mais uma vez, como queria me redimir, teria que limpar com mais eficiência que todo mundo já que foi a troglodita da Bila que quase resumiu a ilha a uma cratera esfumaçada.


Peguei uma vassoura, um ancinho, um frasco de veja não sei pra que e um paninho úmido pra por no nariz. É claro que espirrei um bom loló pra ficar mais animada, prestativa e varrer aquela merda toda com um bom sorriso nos lábios besuntados de gloss Lancôme. 

Quando penso que estou arrasando com meu carrinho de mão cheio de gravetos secos, me passa a vaca da Luana Piovani  conduzindo um trator que ao mesmo tempo limpava, adubava a terra e fazia o reflorestamento com árvores nobres.

Ah não, tudo tem limite, Luana Piovani agora tinha extrapolado, voltei na minha suíte, peguei a navalha que foi presente de Luana Muniz e fui lá ter uma pequena conversa amigável com a atriz que Dado Dolabela tem que ficar a 100 metros de distância.......

CONTINUA....

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