sábado, 31 de agosto de 2013

ATO 6: CHOCOLATES PARA MARY. Paola e Dagoberta. Duas irmãs, um só destino


Mesmo com todas as mudanças no abrigo, algo as deixou preocupadas.

Seu quarto continuara intacto, a mesma roupa de cama manchada de sangue, os mesmos cotonetes sujos, os mesmos modess usados dentro do pote de biscoito, as mesmas larvas comendo o rato morto do canto da parede.

Nada foi violado, nada foi perturbado.

Embaixo da cama dormia o Dragão de comôdo que Paola alimentava com carne humana.
Ta aí o motivo dela cortas as outras órfãs com canivete sem explicação alguma.

Sentaram na cama, se abraçaram, sentiram os corpos ficarem quente, a respiração ofegante e o suor descer as têmporas.

Uma tocou no seio da outra e Paola disse:
Eu queria ser a Nick Mnaj
e Paola retrucou: Eu queria ser a Sara Jessica Parker
Quem é essa?
Não sei
e pegaram no sono.

Foram acordadas por uma luz muito forte que vinha da janela e quando fora olhar o que era, um corvo se chocou com o vidro deixando uma marca de sangue.

Paola se assustou e quando foi olhar o corvo caido no beiral, mais 2, 3, 6, 9, 50 outros corvos se chocaram com a janela deixando-a assim lavada de sangue animal.

Dagoberta lembrou do pergaminho do estranho homem na porta da escola, a situação pedia isso! Pensou...levantou os braços e gritou em uma voz ensurdecedora:

GOSTA TI NA VIDA PASSARINHO, VOA, VOA, VOA

E na mesma hora todos os pássaros que ali estavam caídos.....
continuaram caídos.

Um se cagou de dor e morreu também.

Vamos dormir Dagoberta, disse Paola puta da vida.

E Dagoberta decepcionada se cobriu com uma folha de jornal e pensou:

Ao menos na casa de Marli sapatão eu tinha um edredom de flor.
Pela manha a saúde pública foi recolher os pássaros e comunicaram ao abrigo que algo estava interrompendo o campo magnético da terra, que era como se algo tivesse atraído a revoada de corvos para a janela de Paola e Dagoberta.

A assistente Doroth tentou conversar com as meninas em vão. Elas também eram alheias aos fatos.

e as mandou para o colégio.

Chegando na escola elas foram surpreendidas por um manifesto dos alunos com placas escrito:

QUEIMEM AS BRUXAS, AQUI NÃO GAVIÃO, XÔ PAVÃO MISTERIOSO, DONA REDONDA VAI EXPLODIR.

Dagoberta protegeu a irmã embaixo do braço e apenas disse três palavras que marcaram os alunos para sempre:

CHUPA MINHA XANA!

E foram assistir a aula.

CONTINUA...

ATO 5 " De volta ao lar " . Paola e Dagoberta. Duas irmãs, um só destino

Quando chegaram em casa tiveram a notícia:

Marli havia sido presa por trafico internacional de animais silvestres.

Na frente da casa, dezenas de caixas com Araras azuis, tamanduas ( não sei porque tem gente que compra tamandua ) Lobos Guarás, elefantes brancos e dromedários furta cor.
Celso Russomano indignado com tamanho comércio ilegal gravava matéria para seu programa.
Sentada na varanda estava Doroth, a assistente social novamente, a qual Paola e Dagoberta tinham pavor  pela época do abrigo.

Olá meninas ! disse Doroth sorrindo. Vou precisar levar vocês novamente para o nosso lar.
Dagoberta respondeu: OK CHICO XAVIER, mas que fique claro, qualquer agressão sofrida por mim ou minha irmã serão denunciadas para o FBI.

De uma certa forma elas estavam tranquilas com a prisão de Marli, pois a sensação de morte estava próxima demais.

quando entraram no carro de Doroth avistaram a cadeirante que discutia com Marli as observando de cima do telhado da casa e ficaram perplexas.

Quem seria aquela mulher? O que ela queria? Quem é a mãe de Paloma da novela?

Não sei: Respondeu Paola. Acho que é a vó dela.

Isso não fez o menor sentido Paola. Respondeu Dagoberta.

A chegada no abrigo foi sombria, gélida e enigmática.
impressionantemente todos os internos haviam mudado e o cheiro de osso queimado era insuportavel.
Que cheiro é esse? Perguntou Dagoberta

é sopa! Respondeu Doroth

Foi quando o impossível aconteceu.
Um lobisomem pula da sacada  e no fundo a musica de Saramandaia invade o ambiente.

Paola e Dagoberta apenas se viram de costas e perguntam:

Onde é nosso quarto?

Por ali: Responde Doroth.

E elas se encaminham para o dormitório profundamente infelizes.

O lobisomem decepcionado disse: POXA....

CONTINUA...

ATO 4 " MISTÉRIO " Paola e Dagoberta. Duas irmãs, um só destino

ATO 4 : Mistério

Na escola o dia estava como qualquer outro.

Não sofriam mais bullyng porque aprenderam a se defender com spray de pimenta habanero e sempre andavam com um saquinho de sacolé com sangue de porco que estouravam na pessoa quando alguma ofença era proferida, o que causava a maior confusão sempre, até porque os porcos do bairro iam desaparecendo um a um e todos sabiam que não era verdade quando as duas diziam que viram o chupa cabra olhando pra elas na janela do quarto com um porco na mão.

Elas tinham graves problemas de aceitação e convivência , mas tudo era relevado pela história que elas contavam, cada hora diferente por sinal, chegando ao cumúlo de Dagoberta contar pra Orientadora que tinha certeza que era filha de Eike Batista e quando a orientadora perguntou como ela sabia ela respondeu que até vontade de atropelar pessoas inocentes num carrão do ano ela tinha.

E mais uma vez era encaminhada para a psicóloga da escola que morria de medo dela porque em todas as consultas ela só queria falar de bruxaria e vudú africano.Chegou a levar um rato dissecado com uma cruz de prata dentro com o nome da psicóloga que passou um mês achando que seu cabelo não parava de cair.

Ela sabia mexer com o psicológico das pessoas e isso servia para proteger a si mesma e a irmã. Muito normal essa defesa , explicou Dr Drausi Varella em coletiva sobre as duas em determinada universidade .

Mesmo com toda calmaria esquisita, Paola sempre estava a postos para se o mundo começasse a desabar novamente. Tinha canivete, saca rolhas, uma biblia para exoscismos caso precisasse e um tradutor de linguas estranhas que ela mesma inventou e que na verdade, qualquer que fosse a frasse dita ela entendia como SATANÁS.

Elas de fato eram muito misticas, acreditavam desde o horóscopo que liam todas as manhãs a uma torrada que caia com a geléia de cabeça para baixo que elas entendiam como mudança de carma e morte iminente.
Era muito complicado conviver com elas.

Na saída da escola , antes de entrar na Van, Dagoberta largou todos na fila, disse pra Paola esperar imóvel e correu em direção a um arbusto que se mexia sozinho.

Pulou encima de um homem com roupa da ku klux klan que portava uma maquina fotográfica com lentes super potentes na direção das duas.
Quem te enviou? Gritou a menina. Quem te enviou?
e o homem conseguiu fugir deixando para tras um pergaminho antigo que dizia.

GOSTA TI NA VIDA PASSARINHO, VOA, VOA, VOA

e Dagoberta depois de acalmar-se, entrou na Van e foi para casa.

Hoje é dia de oração, vamos embora

E Paola fixa na foto de sua mãe dizia.
Minha mãe está viva.

CONTINUA.....

ATO 3 " REVELAÇÕES " Paola e Dagoberta. Duas irmãs, um só destino.

ATO 3 " REVELAÇÕES "

Pela manhã, as duas no quarto brincando de passar prestobarba no gato, ouviram mais alguém na casa.

A voz era bem familiar, então curiosas, desceram e observaram Marli com uma mulher cadeirante na cozinha. A mulher estava de costas e elas não puderam lhe conferir o rosto. Como eram proibidas de descer até que o cuco antigo da parede cantasse por algum motivo não revelado, tiveram a ideia de encher o cabelo de flores, sujar o corpo com terra das violetas da janela e descer as escadas de quatro patas. Quando chegaram na cozinha e Marli perguntou furiosa o que estava acontecendo, elas responderam:

MAMA!

A cadeirante imediatamente saiu pela porta dos fundos com pressa não dando tempo de Dagoberta e Paola descobrirem quem era.

Depois do banho com bucha natural sem sabonete, elas foram para a escola e dentro da Van que as conduzia uma menina as apontou e disse:

" Sefer HaTeshuvá - Ketuvim Netsarim"

Como se já não bastasse todas as incógnitas que a vida lhes proporcionou , agora aparecia uma menina profetiza que falava em aramaico.
Dagoberta a fitou fria como quem tenta se desvencilhar de um urso faminto na floresta e disse:

FODA-SE.

A menina começou a chorar, desmaiou após uma sequencia de convulsões e no chão da van caiu de seu moletom um envelope branco com um carimbo de cera com uma pirâmide com um olho.

Dagoberta pensou :

Por Deus, é o símbolo dos Iluminati e abriu o envelope.

Dentro tinha a foto da mãe delas e atrás uma escrita toda em código.
Paola pegou a foto, lambeu e disse: Essa foto tem 3 anos,mamãe morreu há 4 anos. Como pode? Deixa que o código eu decifro em casa.

E Dagoberta ficou a olhando incrédula de como uma pessoa sabe a idade de uma fotografia com uma lambida, mas já estava acostumada com as estranhezas da vida e relaxou. Vamos estudar que hoje tem prova oral.

CONTINUA.....

ATO 2 : PAOLA E DAGOBERTA

ATO 2 : " Paola e Dagoberta "

Paola e Dagoberta foram criadas em um orfanato para crianças filhas de assassinos, Traficantes e viciados em heroína.

Com se não bastasse a humilhação, porque isso estava escrito no uniforme e na placa na frente do abrigo, elas ainda apanhavam das outras meninas porque eram gordinhas, tinham cabelo crespo, Dagoberta era cega de uma vista e Paola mancava da perna esquerda.
Durante 4 anos permaneceram no mesmo abrigo esperando que alguém as adotasse, com um plano meticulosamente já traçado; FUGIR assim que pisassem na casa da família nova.

Mas ninguém se interessava por elas, a idade já avançara e as chances de alguém as querer eram muito remotas. Dagoberta já tinha 12 anos, muito feia e Paola 9, mais feia ainda.

Traçaram inúmeras tentativas frustradas de fuga, mas o abrigo era severo e a cada tentativa uma punição mais árdua acontecia.

Dagoberta já tinha marcas de garfo quente por todo o corpo e Paola já não possuía nenhum dente. Tudo fruto das agressões sofridas pelas inspetoras do lugar.

Um dia uma figura que as lhe era estranha apareceu no abrigo. Era Marli, a lésbica que levou sua mãe à morte. Imediatamente correram para o quarto, cortaram os cabelos, pintaram de preto, com uma faca deram um talho na fronte e observaram cautelosas o sangue lhe cobrir as faces. Irreconhecíveis porém assustadoras, foram para a sala de convivência onde Marli se encontrava como quem procurava alguém.
Ao velas a lésbica agiu com estranheza, porém sem medo e indagou a assistente social quem eram as duas.

Chegou até elas e perguntou: Hey meninas exóticas, qual o nome de vocês?

Amanda Clarck e Emilly Thorne

Como a sapatão viu que era mentira e tava na cara que as duas viam Revenge, apenas sorriu e disse:

AGORA VOCÊS TEM UMA NOVA FAMÍLIA.

O dia a dia era intenso, Marli tentava as agradar a todo custo, ballet, academia, curso de pintura, ponto de cruz, lingerie intima e enfeites de quinze anos feitos com garrafa pet. Elas não tinham tempo para pensar no passado, mas por outro lado, não sabiam se Marli tinha ideia de quem seriam elas, se as reconhecera, o que queria, qual era o plano.

Então, toda noite antes de dormir, bolavam uma estratégia de fugir dali. Até que uma revelação bombástica invadiu suas sofridas vidas....

CONTINUA...

AQUI COMEÇA MEU LIVRO " PAOLA E DAGOBERTA " Duas irmãs, um só destino

ME SENTINDO COMO UMA MULHER DE MEIA IDADE, SEPARADA, COM 2 FILHOS, PASSANDO NECESSIDADE FINANCEIRA POR ESTAR DESEMPREGADA E QUE SE DEIXA LEVAR PELA SEGURANÇA E CARINHO QUE ENCONTROU EM UM RELACIONAMENTO LÉSBICO.

ELA SENTA NA MESA DO CAFÉ, FAZIA TEMPO QUE NÃO COMIA BROA DE MILHO E DEGUSTOU COM FELICIDADE CADA FATIA COMO SE FOSSE A ULTIMA. PENSOU EM COMO A VIDA MELHORARA E QUE HOJE TINHA O CARINHO QUE SEMPRE PRECISOU, NÃO SOFRIA MAIS AGRESSÕES FÍSICAS E SUAS FILHAS, PAOLA E DAGOBERTA NOVAMENTE ESTAVAM ESTUDANDO E DESSA VEZ EM ESCOLA PAGA.

NADA PODIA SER MAIS ESPECIAL.

ABSORVEU AQUELE MOMENTO COMO UMA FOTOGRAFIA, NÃO QUERIA JAMAIS SAIR DALI E DESEJAVA COM TODA FORÇA QUE FOSSE ETERNO AQUELE AMOR.

FOME NUNCA MAIS, SOFRIMENTO NUNCA MAIS, AGRESSÕES NUNCA MAIS, DESPREZO, PALAVRAS OFENSIVAS NUNCA MAIS.

TERMINOU O CAFÉ, SENTOU-SE NA SALA E POR UM INSTANTE, SO POR UM INSTANTE SE INDAGOU COMO A CASA TINHA TANTO LUXO SE SUA ATUAL MLHER TRABALHAVA NUM AÇOUGUE E NO O SALÁRIO NÃO CABIA DE FATO UMA TELA DE LED DE 52 POLEGADAS NEM UMA RANGE ROVER NA GARAGEM.

PROCUROU NÃO PENSAR MAIS NISSO, AFINAL DE CONTAS PODIA TER SIDO UM HERANÇA E ELA AINDA TRABALHASSE POR PRAZER.

FOI QUANDO A POLÍCIA FEDERAL INVADIU A CASA E A LEVOU PRESA JUNTO COM OS 24 CORPOS ENTERRADOS NO QUINTAL.

NO CAMINHO ATÉ A DELEGACIA FOI ENFORCADA, ESQUARTEJADA E ATIRADA NO RIO.

NÃO ERA A POLÍCIA FEDERAL, ERA A MÁFIA NAPOLITANA COBRANDO UMA DÍVIDA QUE SEQUER ERA DELA.

A VIDA É ASSIM.


Continua....