ATO 4 : Mistério
Na escola o dia estava como qualquer outro.
Não sofriam mais bullyng porque aprenderam a se defender com spray de
pimenta habanero e sempre andavam com um saquinho de sacolé com sangue
de porco que estouravam na pessoa quando
alguma ofença era proferida, o que causava a maior confusão sempre, até
porque os porcos do bairro iam desaparecendo um a um e todos sabiam que
não era verdade quando as duas diziam que viram o chupa cabra olhando
pra elas na janela do quarto com um porco na mão.
Elas tinham
graves problemas de aceitação e convivência , mas tudo era relevado pela
história que elas contavam, cada hora diferente por sinal, chegando ao
cumúlo de Dagoberta contar pra Orientadora que tinha certeza que era
filha de Eike Batista e quando a orientadora perguntou como ela sabia
ela respondeu que até vontade de atropelar pessoas inocentes num carrão
do ano ela tinha.
E mais uma vez era encaminhada para a
psicóloga da escola que morria de medo dela porque em todas as consultas
ela só queria falar de bruxaria e vudú africano.Chegou a levar um rato
dissecado com uma cruz de prata dentro com o nome da psicóloga que
passou um mês achando que seu cabelo não parava de cair.
Ela
sabia mexer com o psicológico das pessoas e isso servia para proteger a
si mesma e a irmã. Muito normal essa defesa , explicou Dr Drausi Varella
em coletiva sobre as duas em determinada universidade .
Mesmo
com toda calmaria esquisita, Paola sempre estava a postos para se o
mundo começasse a desabar novamente. Tinha canivete, saca rolhas, uma
biblia para exoscismos caso precisasse e um tradutor de linguas
estranhas que ela mesma inventou e que na verdade, qualquer que fosse a
frasse dita ela entendia como SATANÁS.
Elas de fato eram muito
misticas, acreditavam desde o horóscopo que liam todas as manhãs a uma
torrada que caia com a geléia de cabeça para baixo que elas entendiam
como mudança de carma e morte iminente.
Era muito complicado conviver com elas.
Na saída da escola , antes de entrar na Van, Dagoberta largou todos na
fila, disse pra Paola esperar imóvel e correu em direção a um arbusto
que se mexia sozinho.
Pulou encima de um homem com roupa da ku
klux klan que portava uma maquina fotográfica com lentes super potentes
na direção das duas.
Quem te enviou? Gritou a menina. Quem te enviou?
e o homem conseguiu fugir deixando para tras um pergaminho antigo que dizia.
GOSTA TI NA VIDA PASSARINHO, VOA, VOA, VOA
e Dagoberta depois de acalmar-se, entrou na Van e foi para casa.
Hoje é dia de oração, vamos embora
E Paola fixa na foto de sua mãe dizia.
Minha mãe está viva.
CONTINUA.....
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